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ALERTA !! | |||||
Os shows a laser que tanto fascinam os jovens em raves e outras festas também são uma ameaça aos olhos. Neste ano, ao menos cinco pessoas em São Paulo e em Minas Gerais tiveram lesões na retina causadas pelo "laser lúdico", segundo oftalmologistas que integram uma rede de vigilância ocular que iniciaram uma busca ativa de possíveis outros casos. O alerta para o perigo dessa diversão, que a cada dia ganha mais espaço em festas, foi intensificado no mês passado, quando 30 jovens russos tiveram lesões nos olhos após serem atingidos por feixes de laser em um show de música eletrônica. Doze deles sofreram perda permanente de visão. No Brasil, não há regras de segurança e nem fiscalização para o laser usado em shows --que pode ter a mesma potência dos feixes utilizados em cirurgias oftalmológicas. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) diz que só lhe compete a fiscalização de equipamentos a laser usados em diagnósticos e terapias. O Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) afirma que não atua nessa área. A ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) também só tem normas para o laser industrial e médico. "Será que estão esperando acontecer uma tragédia como a ocorrida na Rússia para tomarem providências?" indaga Rubens Belfort Júnior, professor titular de oftalmologia e presidente do Instituto da Visão da Universidade Federal de São Paulo. Belfort Júnior, responsável pelo alerta na rede de vigilância ocular, conta que recentemente atendeu um jovem de 29 anos que teve perda de visão em um dos olhos, causada por um feixe de luz verde (o mesmo que atingiu os jovens russos), quando trabalhava em uma rave em São Paulo.
"O feixe de luz
tinha o mesmo comprimento de onda usado para tratamento de retinopatia
diabética e outras doenças oculares. Houve queimadura e, aparentemente,
ele não vai conseguir recuperar a visão", afirma. |
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